In girum imus nocte et consumimur igni – Guy Debord

14.90

In girum imus nocte et consumimur igni — «Movemo-nos na noite sem saída e somos devorados pelo fogo» — é o texto do filme homónimo de Guy Debord, lançado em 1978, em cujas palavras se divisa a visão coerente e combativa de um pensador maldito, escritor e cineasta que recusou, até ao seu derradeiro dia, integrar-se na sociedade do consumo. Completada por notas do autor para uso de produtores, de tradutores, de sonoplastas e do público em geral, esta edição crítica, publicada em 1990, lança uma nova luz sobre a autodenominada «intratável escória» situacionista, «o sal da terra; pessoas muito sinceramente prontas a deitar fogo ao mundo para que ele tenha mais brilho».

«Em 1977, Guy Debord assinou um contrato para a realização de uma longa‑metragem. “Fica estabelecido que o autor realizará o seu trabalho com toda a liberdade, sem controlo seja de quem for e sem ter em conta qualquer observação sobre qualquer aspecto do conteúdo ou da forma cinematográfica que lhe pareça conveniente dar ao seu filme.” O próprio título só foi revelado quando o filme foi realizado. Era assim que Debord procedia, seguindo sempre “um princípio naturalmente pouco favorável à especulação financeira”. Os media respingaram. Perante o muro de incompreensão mais ou menos fingida e as interpretações erróneas, Guy Debord considerou útil, em 1990, publicar uma edição crítica do texto do seu filme. É este texto que damos aqui a reler.» Alice Debord (do preâmbulo)

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Descrição

In girum imus nocte et consumimur igni
Guy Debord
Tradução de Julio Henriques
Capa de Rui Silva
Antígona, 1ª edição, 2022
88 p., 13,5 x 21 cm