Velhos Supérfluos reúne dois ensaios publicados na revista de teoria crítica EXIT!: «Velhice (Envelhecimento) e Dissociação-Valor» (2018) e «A Superfluidade como Instituição Total» (2020). Partindo da crítica do valor e da dissociação-valor de Robert Kurz e Roswitha Scholz, Andreas Urban analisa como a sociedade capitalista é estruturalmente hostil à velhice e as pessoas idosas são vistas como supérfluas por não serem produtoras de valor. Escalpelizando problemáticas como a «activação» dos mais velhos mediante programas e discursos de active aging e anti-aging que negam essa fase avançada da vida, ou o lar de idosos como instituição de custódia para indesejados, na esteira de outras como as casas de trabalho e de correcção, o autor expõe o modo como o capitalismo tende a excluir todos os seres humanos que se revelarem incapazes de participar activamente na economia de mercado da sociedade do trabalho.