Em O Outono em Pequim, Boris Vian deixa-se envolver no espírito de Alfred Jerry para construir uma história delirante e alucinada em que nem o Outono nem a cidade de Pequim estão presentes. O romance inicia-se quando, numa certa manhã, a personagem principal, Amadis Dudu, perde o autocarro. Isto vai desencadear uma série de acontecimentos fora do normal. Prova disso é que Dudu se verá envolvido num projecto para a construção de uma linha ferroviária no longínquo e extenso deserto da Exopotâmia. Conhece ali uma uma infinidade de personagens , cada qual a mais extravagante. Mas, na realidade, não existe uma lógica, nem há que tirar conclusões destas aventuras, cada qual a mais extravagante. Mas, na realidade, não existe uma lógica, nem há que tirar conclusões destas aventuras, à excepção da intenção, que persiste em toda a obra de Boris Vian, de reflectir sobre a condição humana”.