Este livro cobre, assim, um arco de intensa atividade de Hilda, que se dedicou apaixonadamente à poesia ao longo de 45 anos. Em entrevista ao Suplemento Literário de Minas Gerais, em abril de 2001, ela ponderou sobre sua poética: “Não é que eu queira uma aceitação do público. Mas quando a gente vai chegando à velhice como eu, com setenta anos, dá uma pena ninguém ler uma obra que eu acho maravilhosa. Fico besta de ver como as pessoas não entendem o que escrevi. Recuso-me a dar explicações. Falam coisas absurdas, que a minha obra não tem pontuação, não tem isso, não tem aquilo…. Acho desagradável ter que falar sobre a minha obra, é muito difícil. Sei escrever.”