Sem Rasto – Fátima Maldonado

20.00

ODE A PEIXE CHINÊS
OU
O CONVERTIDO À MORTE

A fractura do crânio prolonga sofrimentos
há rigores invernais no chão do sobressalto
espasmos caudais salpicam pavimentos
na cozinha tortura-se o mar alto.

Vibra no gume longínquo movimento,
a guelra fere a Parca, despenha-se a cabeça,
ao colidir a pedra renova-se o tormento,
os deuses estão à espera que pereça.

Ondulações caudais não acontecem
e pouco a pouco o tem submetido
sopro na bússola as rotas desvanecem
recuam náuticas do novo convertido.

(p.142)

 

1 em stock

Descrição

Sem Rasto
(poesia reunida)
Fátima Maldonado

Averno
Capa de Sérgio Eloy e arranjo gráfico de Pedro Santos
356 págs.
2021

 

Categoria: Etiquetas: ,