Lewis Mumford
Assimilar a máquina é um meio de reduzir a sua omnipotência.
Técnica e Civilização (1934) é uma história da máquina e dos seus efeitos no mundo ocidental. Obra monumental e profética que acompanha a evolução da tecnologia, indaga que valores dela nasceram e examina o seu ascendente sobre o ser humano.
Neste fresco histórico, Lewis Mumford lega-nos alguns dos seus maiores contributos teóricos: a ideia de que a invenção do relógio inaugurou a Era da Máquina; uma nova periodização das técnicas, na qual a máquina surge ora como instrumento útil, ora como agente da alienação; e uma célebre e pioneira cronologia de invenções.
Nos meandros do progresso, Técnica e Civilização faz uma lúcida reflexão sobre a ambivalência da tecnologia: a derradeira responsabilidade pelo lugar da máquina na sociedade recai sobre nós. Compete-nos usá-la em nome da harmonia e do desenvolvimento da humanidade, em vez de criarmos um arsenal de autodestruição, para que não sejamos meras peças sobresselentes da sociedade capitalista e industrializada.