PÓRTICO
Entre pernas brilhava um monumento
de carne e não de mármore da Grécia.
Todavia recordava alta colina:
de Acrópole, no século de Péricles.
O monte sem o templo nem o friso
dos heróis e dos mitos desses gregos:
princípio de outro templo mais antigo.
Um pórtico de luz no breu da noite:
no segredo – do mar – dentro de nós.
(pág. 71)
