O Concílio de Amor. Uma Tragédia Celeste – Oskar Panizza

16.00

«O amor não pode ser dominado», escrevia ele; «é a summa lex e a suprema voluntas. Não pode regular-se o amor por um decreto feito em Postdam.»

Esta firme convicção mostra muitas das suas implicações na peça teatral de 1894, O Concílio de Amor, onde fica a saber-se sob a forma de um mistério medieval modernizado que a sífilis aparecida na Itália no fim do século XV, fatalidade chegada de um amor indiferente aos decretos de Postdam, não conseguia escapar a uma determinação divina que resolvia castigá-la, bem como aos deboches do papa Alexandre VI (de seu verdadeiro nome, Rodrigo Borgia.)

A edição foi impressa na Suíça, por o autor pensar que este desvio geográfico impediria actuações judiciais na Alemanha. Panizza enganava-se; a obra não só foi apreendida e destruída, mas o autor condenado a um ano de prisão efectiva, cumprida em Nuremberga e depois em Amberg. A peça fez ruído e causou admirações; admirações privadas, por os
admiradores recearem embaraços com a Justiça. E embora Panizza tenha escrito uma extensa defesa lida no tribunal de Munique, a sua retórica não o livrou de um ano de prisão integralmente cumprido.

[Aníbal Fernandes]

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Descrição

O Concílio de Amor — Uma Tragédia Celeste
Oskar Panizza

Texto português e apresentação de Aníbal Fernandes
Prefácio de André Breton

Sistema Solar
ISBN 978-989-568-106-8 | EAN 9789895681068
Edição: Dezembro de 2023
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160