“O imaterial não existe
todo o sonho, toda a ficção
assenta em dores bem reais
bem ancoradas na carne
exactamente como os números da bolsa
correspondem a trabalhadores explorados
direitos sociais confiscados
economizados
num mundo industrial
do qual o campo de concentração continua a ser o emblema
pois o homem constitui
a matéria-prima
a energia indefinidamente renovável
e o produto manufacturado
estandardizado
condicionado”
(p.38)