tradução e notas de Júlio Henriques
“Como contraponto da circulação humana tratada como consumo, a época contemporânea tinha de chegar ainda mais longe na metamorfose da cidade e dos seus habitantes, através do ordenamento espacial da imobilidade residencial absoluta. Técnicas hipnóticas de visualização e cibernética recompõem presentemente os novos habitáculos de gerações inteiras. O ecrã e o teclado mágico apresentam-se como novos instrumentos da catalepsia de mercado e conformam os ornamentos dos lares que repovoam a pseudocidade, onde o delírio e a aberração se tornaram mercadorias procuradas.”