“(Além de músico, artista visual e teórico da estética glitch) Kenji Siratori é um dos grandes mestres daquilo a que noutro lugar chamei de “literatura do ruído”: textos que expandem por formas inumanas de expressionismo, campos de fusão meta-abstracta radicalmente pós-digitais. Podia dizer-se que a “cronotopia desatada” é o seu primeiro livro em espanhol, mas tal não seria totalmente correcto porque Kenji Siratori escreve numa linguagem própria, original e extraordinária que – apesar de neste caso ser constituída por termos e estruturas gramaticais extraídos desse idioma – transcende todas as línguas: a sua língua materna, o japonês; a sua língua literária adoptiva, o inglês; e qualquer outro idioma ou código para o qual os seus textos sejam vertidos.”
da introdução, Francisco Jota-Pérez