Pequena Poética da Insurreição – Peter Bouscheljong

18.00

traduzido por António Gregório

“Este é um esboço sobre Dante. Sobre o Dantismo de Peter Weiss e Pasolini. Sobre o Dantismo de Peter Weiss e Pasolini segundo Fredric Jameson. Sobre Dante, que foi libertado da psiquiatria para a emigração e condenado à morte à revelia. Sobre Weiss e Pasolini e a sua fixação obsessiva na Divina Commedia. Sobre os operários insurrectos em 1919/2019. Sobre o acto de auto-extinção do dono de uma fábrica. Libertação dos grilhões do Capitaloceno. Sobre a paisagem negra do deserto nos últimos quadros de Teorema. Sobre o drama como poesia da acção. Sobre um sonho fora da razão. O horizonte etéreo e escuro sobre o vermelho de Pontormo. Inferno é o nome do lugar onde vivemos. Sobre a descoberta de François Villon [[Pasolini com a máscara do vagante e oficial de justiça francês]], os primeiros restos humanos, um cadáver em farrapos, o olho negro de um delinquente junto a um muro meio arruinado. Sobre os dois polícias ajoelhados perante o cadáver de Pasolini. Sobre o sorriso nojento deles e a satisfação que lhes desfigura o rosto. Sobre o testemunho de uma Maria Teresa Lollobrigida, a primeira a descobrir o poeta morto: Olhem para estes cabrões, a deitarem o lixo em frente à nossa casa [[Il Messaggero, segunda-feira, 3 de Novembro de 1975]].”

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Descrição

Pequena Poética da Insurreição
Peter Bouscheljong

Barco Bêbado, 2024
114 p.

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