Texto de Pedro Bandeira
«Esta é uma narrativa possível entre outras que se poderiam fazer a partir de um conjunto alargado de imagens realizadas por Katalin Deér em 2011. Não foi há tanto tempo assim, mas este Porto parece já não existir. Contrariando uma tendência de abandono do centro e ultrapassando a crise económica que se fez sentir, a cidade parece agora ressuscitar tendo o turismo como principal motor. Com os estrangeiros surgem novos estrangeirismos (gentrificação e disneyficação) e denuncia-se a uniformização, a perda de “autenticidade”, do “genuíno” e do “verdadeiro”. Mas o que é afinal o Porto verdadeiro? A cidade burguesa? O Porto das Ilhas? O Porto em festa no São João? Tudo isso ou simplesmente os dias em que o granito molhado reflete o brilho do sol?»
 
            

 
             
             
            