Texto de Paulo Catrica e Marta Pinto Machado
«A minha mãe, Lúcia, deixou Cabo Verde depois da independência em 1975, para trabalhar como criada na casa de um casal francês em Paris onde esteve entre 1976 e 1983, como forma de financiar os estudos.
A partir de 1976 fez inúmeros autorretratos em polaroid que enviava para os amigos e família. Destas apenas sete sobraram, guardadas no álbum da minha mãe entre muitas outras fotografias. Este trabalho resulta de uma investigação em contexto académico onde se comparam narrativas e discursos em tempos diferentes, colocando lado-a-lado memória individual, memória coletiva e história coletiva, invertendoos mecanismos de poder e dando à “minoria” o controlo do discurso.»
Marta Pinto Machado, 2023



