“Seria tentado a afirmar que o poliglota é aquele homem que, no seu multilinguismo, perde a faculdade de pensar e dizer, com o vigor e a graça nativos, num só idioma: e, enchendo-me de coragem, julgaria que num livro, nascido ou tornado muiltilingue, se luz houvesse, se nublaria, e se escurecido, tornar-se-ia escuro como breu. Mas com frequência se ama caminhar nas sombras, e descolorir as imagens, e repintar-las à nossa maneira: para que, em vez de se abrir uma porta dentro do cérebro dos escritores, se preferir entreabri-la, olhar e não olhar, ver e não ver.”
E. Teza