Roger Vailland
Antigo combatente da Resistência e um dos mais notáveis nomes das letras francesas contemporâneas, começou a escrever tarde, depois da Segunda Guerra Mundial, mas o seu primeiro romance, Drôle de Seu, valeu-lhe o Prix Interallié, em 1945, e a consagração quase instantânea. Um Homem Só, embora integrado na série de romances de guerra – ou antes, é o romance da guerra aberta de um homem com a sua solidão e o ambiente em que definha e sufoca. Afastado do pavo, sua origem, pelas tendências burguesas dos pais, não aceita a burguesia e não é aceite pelo povo. Isola-se, tenta viver à parte e alhear-se dos conflitos dos homens, mas os acontecimentos forçam-no a uma tomada de consciência e a aceitação dá-se através de um acto de coragem. Um Homem Só é, antes de mais nada, um hino ao povo francês – a todos os povos de todos os países, afinal -, a exaltação do seu patriotismo, do seu espírito de sacrifício e do seu exemplo.