“há na roda do destino
momentos destes; hesitações,
espera até que soem palmas,
incitamento a avançar
mas em que sentido? avançou demais?
também hesita ao ver punhos cerrados,
mas então sabe, ou julga saber
que, depois da entrada,
o tom é outro:
tudo vai revelar-se;
o barco finalmente mexeu-se;
ondeia à frente dele o mar reluzente,
no porto esbraceja outro mar de gente
que não desiste, um monte de gente
em roupa com rasgões, que já não se usam,
mas usou-os o tempo e ficaram”.
(p.5)