É com uma posição clara que Habermas se exprime, nesta obra, no seio de debates que se revelam importantíssimos tanto pelo desenvolvimento da sua obra como pela discussão filosófica geral. Assim, a conferência sobre Peirce dá-lhe a oportunidade de lembra e discutir as intenções fundamentais de uma concepção semiótica e pragmática da realidade; o debate com Husserl permite-lhe, uma vez mais, analisar o paradigma da filosofia da consciência; os ensaios sobre Horkheimer reavaliam os desafios de uma teoria crítica do presente.
Pela primeira vez, na obra de Habermas, uma importante digressão faz, por fim, o ponto sobre as relações entre a teologia e a teoria do agir comunicacional.
Especial destaque é dado à análise que Habermas propõe sobre o mais recente debate da obra de Martin Heidegger, cujo pretexto foi a controvérsia suscitada em França pela livro de Vítor Farias que mostrava a colisão do autor de Ser e Tempo com o Nazismo. Mas desta obra reter-se-á, igualmente, as breves e brilhantes páginas que situam Wittgenstein, Adorno e Heidegger numa mesma constelação filosófica e às quais se adiciona um posicionamento circunstancial sobre o estado contemporâneo das ciências humanas na Alemanha.