Na realidade, porém, cada sociedade, considerada num determinado momento do seu desenvolvimento, possui num sistema educativo que se impõe aos indivíduos com uma força irresistível. Julga-se em vão que podemos educar os nossos filhos como queremos. Hábitos há com os quais somos obrigados a conformar-nos; se os infringirmos gravemente, eles vingam-se nos nossos. Estes, uma vez adultos, não se acham capazes de viverem no meio dos seus contemporâneos, com os quais não se encontram em concordância. Quer os mesmo tenham sido educados segundo ideais, ou demasiadamente arcaicas, ou excessivamente prematuras, não importa; tanto num como no outro caso, eles não são da sua época e, consequentemente, não se encontram em condições de vida normais. Existe pois, em cada lapso do tempo, um tipo regulador de educação do qual não nos podemos afastar sem enfrentarmos vivas resistências que encerram as veleidades de dissidências.