“Quando morremos o lugar alarga
a sua transparência. Havermos sido
onde connosco ele morre se levanta,
de forma à morte aparecer um rio
que, em tudo quanto passa,
santifica o passar e acende o sítio.
Por isso, sempre que há lugar, a alma
paira. Ou, se quiserem, por isso
a transparência do lugar alarga
por, desde agora, estar sempre a ser visto,
sem que vejamos quem o vê. Quem ama
que um quase pranto se ilumine em sítio”.
(p.75)