NO MESMO SÍTIO A PEDRA
No mesmo sítio a pedra
perde o lugar.
E fica
a brisa, devagar,
e ao desamparo.
Mas quando a sombra passa nos teus lábios
a ordem volta rigorosa. A pedra
regressa funda a si.
E um rio corre
o movimento e o rumor da terra.
(p.94)