Não são pagãos esses versos,
são Talmude.
Só sei escrever fora dos ismos –
solipsismos, atemporal.
Leio feministas,
vegans,
progressistas,
as borras do café
a emparelhar destinos,
o degelo, a serotonina.
E fico fora do barco
no culminar da amnésia
que aliás me trouxe ao verbo
e à consciência da margem
suster
sempre melhor um dos lados.