Este ensaio, que esquematiza uma teoria do conhecimento animada pela presença de uma personagem – poderíamos pedir de empréstimo as palavras de Descartes: «não propomos este escrito senão como uma história ou, se preferirem, senão como uma fábula» – e por um diálogo com vozes de pensadores e poetas, destina-se sobretudo a ilustrar os livros inacabados e póstumos de Maurice Merleau-Ponty, Le visible et l’invisible e La prose du monde.
António Vieira nasceu em Lisboa, em 1941. Ensinou ciências humanas (psicopatologia, antropologia pré-histórica) e ciências da natureza (etologia, paleoantropologia). Propôs um modelo de origem e evolução da linguagem. De há longa data trabalha em literatura, tendo publicado textos de ficção, entre os quais o romance Doutor Fausto (Rio de Janeiro, 2013; Lisboa, 2014), e de ensaio, como Ensaio sobre o termo da história (Lisboa, 1994, 2010) e Improvisações sobre a ideia de Deus (Lisboa, 2005: Belo Horizonte, 2017).