«Coisas estranhas: batatas geladas e nabos podres, arenques que tinham de ser amputados da cabeça e da cauda para que tresandassem menos. Fritávamo-los em óleo de linhaça, em óleo de tinta cozido com sais de chumbo. Comíamos aveia com a casca e carne de cavalo amolecida pela putrefacção. O pão era raro. No início, era terrível, cheio de palha, e lembrava uma espécie de talo compactado. Depois, melhorou e tornou-se tenro. Comemo-lo conscientemente.
Fome e icterícia. Estávamos imersos na fome, como os peixes na água ou os pássaros no ar.»