ROMANTICISM IS ULTIMATELY FATAL
Bem te vejo de madrugada
Débil e branco
Até que o dia nasça.
Não esvoaça o corvo
Não o pia o mocho
E as torres góticas sobem para o sagrado
Em tijolo de três
A musa
A veia
O corpo aberto,
Tudo num pequeno charco de tritões
E de viver sempre.
O mundo regenera-se em castelos perigosos
E tu, Mallarmé da loja do chinês,
Com a cena do amar fogo dado
Ou perdão puro às costas
Digo isto porque estás a ficar muito pálido
Em El Paso, se quiseres
Podes abancar em minha casa
Comes do que houver
Tens lume na boca do fogão
E um ouvido na torneira.
(pp. 22 e 23)