Obra maior da literatura portuguesa do nosso século, e sem dúvida, a obra-prima do escritor, o fundo e a forma entendem-se e fundem-se com uma austeridade notável. A metáfora e a alegoria, o concreto e o imediato, o subtil e o comezinho são focados com a mesma intensidade. Simultaneamente enigmático e franco, obscuro e aberto, o romancista intercepta com sagacidade a atmosfera que sustém e provoca o mundo dos desocupados.
– Liberto Cruz