“Está curvado sobre as pernas, com a mão esquerda no cotovelo direito e a outra mão solta no ar, pendurada como um sino na terra, em pose prazerosamente feminina. Tem saudades dos pais que não vê há dez anos. Recusaram-se largar a casa e os animais. Também tem saudades da sua túnica árabe, mas sente-se bem das duas maneiras. O Ocidente e o Oriente: dois trajes para o mesmo corpo, duas mentiras para uma verdade comum”.
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