Rocha sem fòrma ou sombra,
procuro alguma perfeição
por mão artífice. Por outro lado,
ardo, um braço, uma tocha
com a ferocidade, a malícia cruel
de uma infância outra.
Escurece. Rostos dissolvem-se, negros,
observados a fògos-fátuos, vigilantes:
um sistema construído
para mútua espionagem e juízo.
Um sistema de absorção da coragem:
dor, suas causa e conseqüência.
¿Quem tem a chave da concha vazia
do dia-a-dia… onde se acolitam
conseguimentos por conta d’ outrem?
Frustrante. Apenas um esbôço
de movimento para diante
visto nos diferentes ângulos.
Mas uma ideia deve escrever-se
vezes sem conta, no caminho
d’ alguma moratória certeza.
Hesito, solitário de novo
no perigo da escrita
pelo campo das imagens
convencionais, à procura
do encontro e da superação
em sua honra: depauperando-me.
Campo do silêncio e da chama
ateáveis. ¿Quem tem a chave
de um longo e duro olhar?