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Quando tinha vinte anos editei uma revista. Tinha vinte anos e não sabia de Paul Nizan:
«Eu tinha vinte anos. Não deixarei que ninguém diga que é a mais bela idade da vida.
Tudo ameaça de ruína um jovem; o amor, as ideias, a perda da sua família, o ingresso no meio dos adultos.
É difícil aprender o seu lugar no mundo».
A publicação da Lote, com o estampido, é, para mim, o regresso a um futuro anterior.
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Escreveu Roland Barthes: «la poésie est la langage même des transgressions du langage»
O que obriga a que a Lote tenha de ser escrita numa espécie de língua estrangeira. Mesmo.
Vasco Santos, no prefácio