“Nunca se admirará suficientemente a coragem do primeiro crítico que apareceu no mundo. As pessoas bárbaras da Velha Noite dos Tempos devem tê-lo recebido com grandes pontapés no ventre, não se dando conta de que era um precursor digno de veneração. À sua maneira, foi um herói.
O segundo, terceiro, quarto e quinto críticos não terão sido certamente mais bem recebidos… mas ajudaram a criar um precedente: a arte crítica gerou-se a si própria. Foi o seu primeiro dia do ano. Muito tempo depois, estes Benfeitores da Humanidade souberam organizar-se melhor: fundaram sindicatos da crítica em todas as grandes capitais. Os críticos tornaram-se assim personagens importantes, o que prova que a virtude é sempre recompensada.
Desta feita, os artistas foram refreados, domados como gatos-tigres.