El-Rei Junot

12.00

Raul Brandão

Ao lermos El-Rei Junot tem-se a impressão de estar diante de uma água-forte sombria onde o dramático e o grotesco são as notas dominantes. Uma obra que oscila entre a epopeia e a farsa trágica, ou antes: uma epopeia que não chega a sê-lo, sempre gorada pela intromissão do grotesco e do mesquinho. A visão que o autor tem da época em que se situa o seu livro, das personagens, dos cenários, dos actos e das intenções é, pode dizer-se, uma verdadeira “análise espectral”: a decomposição desmistificadora, anti-romântica e anti-convencional do passado. Como que uma unha raspando a camada de verniz que pretendeu tornar brilhante e vistoso um cerne de má qualidade e apodrecido pelo tempo. Um prolongamento da sua visão pessimista e desenganada da humanidade incidindo sobre um determinado momento histórico do espaço português.

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Descrição

El-Rei Junot
Raul Brandão
Nota Introdutória: Guilherme de Castilho
Imprensa Nacional – Casa da Moeda

Condição: usado, pequenas marcas na capa, interior em bom estado.

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