Encaixamos a escrita em formas literárias, géneros, figuras e tropos e parecemos mais contentes e mais seguros perante tal arrumação pois é preciso ir «organizando o pessimismo»
«O homem, na sua essência mais profunda, tem qualquer coisa que eu denominaria voluntariamente de “imperativo da Forma”» — diz Witold Gombrowicz, numa entrevista com Dominique de Roux. Temos formas de tratamento, formas de expressão e de conteúdo, formas de vida e de morte, formas geológicas e formas lógicas, formas puras, formas em si, formas informes. Encaixamos a escrita em formas literárias, géneros, figuras e tropos e parecemos mais contentes e mais seguros perante tal arrumação pois é preciso sempre ir «organizando o pessimismo», não seja que a ansiedade do símbolo nos apanhe em excesso de sentido e não tenhamos nenhuma forma certa à mão.
[Golgona Anghel]
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