“Este novo livro de Manuel de Freitas, quase sem título – 769118, apenas –, liberta o perfume das coisas arruinadas, a sua evanescência, o seu caminho – íntimo, lento – para a morte. Há qualquer coisa neste conjunto de textos pequenos, cujo estatuto é preciso interrogar, que lembram a dada altura João Miguel Fernandes Jorge, principalmente nos encontros fugazes, nesta “luz breve que há nas coisas”, na forma como os encontros se vão delineando na sua brevidade, nesta espécie de fulgor último que as coisas e certas pessoas têm no momento em que o seu fim se aproxima (mas aqui já não é JMFJ) – o sol que desaparece, libertando uma luz ao mesmo tempo mais intensa e mais fraca.”
João Oliveira Duarte, in ‘Jornal i’