“O que antes aconteceu
Quem o soube desde o início
ninguém sabe exactamente. Dos que
estiveram ligados,
que o fizeram,
quase não há um que se lembre.
Outros, sem o terem vivido,
não o conseguem mesmo assim esquecer.
Caríssimos estão em condições
de dizer “nem ideia”.
Há investigadores que vivem disso.
Que ninguém pode entender,
é isso, e ponto.
Parece que há quem
já não possa ouvir falar mais disso.
Há um ou outro
que pura e simplesmente o nega,
A maioria pensa
que já passou. Raramente
uma voz velada nos segreda
ao ouvido
que nunca irá acabar”.
(p.123)